Em dezembro de 2021, o Google divulgou ao Portal Universa que as buscas pelo termo “violência obstétrica” subiram 440% em relação
ao mês anterior 😲
O interesse pelo tema cresceu com a repercussão dos áudios da influenciadora Shantal Verdelho, que desabafou para amigas sobre a violência obstétrica que sofreu no parto de filha.
Shantal compartilhou vídeos
e áudios do momento do parto, em que o ginecologista Renato Kalil direciona diversas ofensas à influenciadora.
Só que, em muitos casos, gestantes têm dificuldade de reconhecer que foram vítimas de violência obstétrica quando passam por essa situação.
Em entrevista à GN, a obstetra e professora Waglânia Freitas, da UFPB, definiu:
Ela também lembra que a violência pode ser também contra o feto ou
o recém-nascido, que pode ser diretamente afetado pelas agressões contra a gestante.
Entre exemplos de violência obstétrica, estão agressões verbais à gestante, proibição de acompanhamento de parceiros no parto, uso abusivo de remédios e procedimentos.
O corte da vagina, chamado de episiotomia, também é uma forma de violência obstétrica quando realizado sem o consentimento da pessoa gestante.
Este é o procedimento que a influenciadora Shantal Vernalho se negou a fazer e que, segundo ela, levou o ginecologista ao tratamento abusivo durante o parto.
Mulheres negras, pobres, grávidas do 1º filho e em trabalho de parto prolongado são as mais afetadas.
Apesar dos números alarmantes, a violência obstétrica não é mais reconhecida como agressão pelo Ministério da Saúde, que retirou o termo de suas principais diretrizes médicas para o serviço público😡
Ao não reconhecer o problema, o Ministério deixa pessoas gestantes mais vulneráveis a situações de violência e prejudica o debate entre os profissionais de saúde do país.