Assassinatos, lesões, ameaças e ofensas fizeram das eleições de 2018 as mais violentas da história, dizem especialistas em segurança.
Os casos fazem parte de um processo contínuo de violência e prenúncio de uma campanha altamente polarizada e especialmente tensa em 2022.
2018 começou com o assassinato da vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes, em março. Até hoje o crime não foi solucionado.
7 meses antes da eleição presidencial, três ônibus da caravana de Lula foram alvo de tiros quando passavam por cidades no Paraná.
Em abril de 2018, o ex-vereador Maninho (PT) empurrou o militante bolsonarista Carlos Alberto Bettoni, que caiu de cabeça no para-choque de um caminhão.
Em setembro, 1 mês antes do 1º turno, Bolsonaro foi atacado com uma facada na barriga por Adélio Bispo quando participava de um comício em Juiz de Fora (MG).
Em outubro de 2018, o mestre de capoeira foi morto com 12 facadas após declarar voto em Fernando Haddad e discutir com um eleitor de Bolsonaro.
Em janeiro de 2021, no primeiro mês de mandato, Erika Hilton ajuizou uma ação contra 50 pessoas suspeitas de ameaças transfóbicas e racistas contra ela na internet.
Em junho de 2021, a filha de 5 anos da ex-deputada federal Manuela d'Ávila recebeu ameaças de estupro após sua foto ser divulgada em grupos bolsonaristas.
Um levantamento da Uni-Rio mostrou que só no primeiro semestre de 2022, 45 lideranças políticas foram assassinadas. Ao todo, 214 casos de violência política foram identificados.
Em junho de 2022, um drone lançou um líquido de fezes e urina sobre pessoas que participavam de um evento que receberia Lula na Universidade do Triângulo Mineiro.
Em 7 de julho, um homem lançou uma bomba caseira com excrementos num ato de Lula no, centro do Rio de Janeiro.
Em julho, o tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, foi morto pelo bolsonarista Jorge Guaranho. O crime aconteceu no aniversário de Arruda, uma festa com temática Lula.