Já ouviu
falar em
trans-feminismo?

Tá confusa?

A professora Letícia Nascimento, autora do livro “Transfeminismo”, apresenta o transfeminismo na experiência de mulheres trans e travestis, mas lembra que pode incluir outras pessoas trans.

O feminismo é diverso e composto por diferentes correntes. O  transfeminismo faz parte do feminismo, e é feito PARA e POR mulheres travestis e transexuais.

“Quem tem se projetado em sua maioria são mulheres trans e travestis, mas há pessoas
não binárias e nas transmasculinidades”.

Na nossa sociedade, existe uma disputa do que “gênero” e “mulher”  significam, sendo que cada vertente do feminismo entende de uma forma.

Tem diferença entre gênero e sexo?

Segundo Nascimento, o transfeminismo é necessário porque é insuficiente dizer que trans e travestis são apenas mulheres, sem levar em conta suas especificidades. 

“E não posso ser eu uma mulher?”

“Nossa intenção não é nos separar do feminismo, mas ampliar e mostrar as questões que precisamos trabalhar entre nós", diz Nascimento.

Segundo a autora, às vezes,  mulheres trans são vistas como peixes fora d'água
no feminismo, com suas identidades desrespeitadas e invisibilizadas.

“Quando penso na disputa no feminismo, não é quem grita mais alto, mas como conseguimos ouvir todas as nossas vozes. Temos que considerar as similaridades, mas também as diferenças”.

“Queremos mostrar às instituições da saúde, jurídicas e educacionais que somos nós que determinamos nossas identidades e que o papel delas é respeitar isso”, diz Nascimento.

No país que mais mata pessoas trans do mundo, claro que há relação direta entre machismo e o assassinato de mulheres trans e travestis no Brasil.

E o machismo nisso tudo?

“O machismo atinge de forma diferente mulheres cis e trans. Não é só o ódio à mulher, mas repulsa a tudo que é feminino”...

…Não importa se a feminilidade está em um corpo com vagina ou pênis. Se a performance é feminina, o machismo entende que pode ser violentada e subjugada”, destaca Nascimento.

Combate ao transfeminicídio, direito à autodeterminação e a uma política transfeminista são algumas das pautas do movimento transfeminista.

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Gênero e Número

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