A violência contra mulheres trans e travestis é uma dura realidade no país.
Foram
assassinatos de pessoas trans em 2021, segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra)
Cerca de 96% das vítimas eram mulheres trans e travestis e 81% eram negras.
Os Estados de São Paulo (25), Bahia (13), Rio de Janeiro (12) e Ceará (11) aparecem entre os 5 primeiros com mais assassinatos de pessoas trans desde 2017.
Elas são as mais expostas à violência direta e vivenciam o estigma que os processos de marginalização impõem a essas profissionais.
No Brasil, legislações como a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio incluem mulheres trans e travestis.
No entanto, a lacuna dos dados de Segurança Pública, que não trazem a identidade de gênero das vítimas, torna difícil mapear as vítimas desses tipos de violência.
Para Bruna Benevides, da Antra, ao não informar sobre o transfeminicídio,
o Estado se exime da responsabilidade de pautar políticas de segurança para esta população.
A pesquisadora Dalia Celeste denuncia que, devido à transfobia, os casos de violência doméstica e feminicídio de mulheres trans muitas vezes não são enquadrados nos registros.