Elas estão revolucionando a política

 vereadoras trans NO BRASIL

Pessoas trans fizeram história nas eleições de 2020. Foram 30 candidaturas eleitas, um número 4 vezes maior que em 2016.

Em um espaço dominado por homens cis, heterossexuais e brancos, as vereadoras Linda Brasil (PSOL/SE), Lins Roballo (PT/RS), Duda Salabert (PDT/MG) e Benny Briolly (PSOL/RJ) são pioneiras.

No primeiro ano de atuação, elas enfrentam ameaças de mortes, dificuldades para exercer o mandato e propor projetos.

CONHEÇA AlgumaS dessas VEREADORAS

Linda Brasil 

Foi a primeira mulher trans eleita à vereança de Aracaju e a parlamentar mais votada para a Câmara Municipal.

PSOL/SE

Ela é membro da Comissão de Saúde, Direitos Humanos, Assistência Social e Defesa do Consumidor e suas principais propostas são relacionadas à comunidade LGBT+ e à questão racial.

“Existe uma tentativa de silenciamento e de interromper nossas ações. Por questões moralistas, com base no fundamentalismo  religioso, tentam inviabilizar nossas pautas”, conta Linda Brasil.

Lins Roballo 

Única mulher e negra eleita na cidade de São Borja, ela afirma que a resistência e as dificuldades para exercer seu mandato são baseadas em preconceito de gênero, racial e LGBTfobia.

PT/RS

Presidente da Comissão de Juventude, Cultura, Transporte, Infraestrutura e Meio Ambiente da Câmara, seu desafio é a estrutura político-administrativa.

“Tivemos embates e enfrentamentos muito grandes. Nada foi aprovado ou avançou na Câmara"

Duda Salabert 

PDT/MG

Parlamentar mais votada da capital mineira também encontra resistência na Câmara e sofre com ameaças de morte, o que já fez com que considerasse até abrir mão do mandato.

Salabert conta que quando apresenta projetos relacionados à população LGBT+ a resistência da Câmara é ainda maior.

“Há setores mais reacionários que querem frear o nosso avanço. Por dois motivos: eu fui a pessoa mais votada
da história e sou uma pessoa trans”

"O Legislativo se omite quando não toma atitudes para defender o mandato das vereadoras eleitas"

Bruna Benevides, Antra

Para enfrentar o preconceito e a violência, a sociedade civil, instituições e parlamentares trans se organizam na 1ª Frente Nacional TransPolítica.

A mobilização
é organizada pela Antra e conta com 17 parlamentares e 8 instituições da sociedade civil.

“A maior resposta das parlamentares é se organizar politicamente e demonstrar que não estão limitadas a sua identidade de gênero ou aos grupos aos quais fazem parte"

Bruna Benevides, Antra

acesse o site da gênero e número

quer saber mais sobre trans na política?

Gênero e Número

Divulgação/ Reprodução/Ilustração: Marília Ferrari e Victória Sacagami / Giphy/ Arquivo Pessoal/Marcha do Orgulho Trans de São Paulo/ Rodrigo Chagas