A violência tem gênero e cor. E não é mimimi.

Mesmo com a Lei Maria da Penha debutando nos seus 15 anos, um desafio permanece:

como proteger as mulheres negras, que continuam desprotegidas pelo Estado?

George Floyd versão Brasil

Em Itabira (MG), uma mulher negra com uma criança no colo foi abordada e imobilizada por policiais, que colocaram o joelho sobre seu pescoço.

Em quase todos os tipos de violência de gênero, mulheres negras são as principais vítimas. 

Fonte: Sinan

eram mulheres negras.

54%

das pessoas com deficiência vítimas de violência sexual em 2020


Fonte: Pesquisa "Sem Parar" -  GN/sOF

61%

das mulheres que sofreram alguma forma da violência em 2020

 eram NEGRAS.


Fonte: atlas da violência 2021

66%

das mulheres assassinadas no Brasil em 2019 

ERAM NEGRAS.

das mulheres vítimas de homicídios em Alagoas no ano de 2019 

100%

eram negras.

Fonte: Atlas da Violência 2021

das mulheres vítimas de homicídios no Amapá e Sergipe no ano de 2019 

94%

eram negras.

Fonte: Atlas da Violência 2021

das crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual em 2019

60%

eram negras.

fonte: denúncias do disque 100

Mulheres negras são vistas como “mais fortes”, mais capazes de aguentar inclusive a dor física.

Violência e racismo obstétrico

De 2008 a 2018, a taxa de mortalidade de mulheres pretas no parto foi 2x maior que a de brancas, segundo o Ministério da Saúde.

“Se a mulher é invisibilizada no processo de gravidez, a mulher negra é muito mais”

Arlanza Maria Rodrigues Rebello, defensora pública

Desde o assassinato de Marielle Franco, uma escalada de violência tem afetado mulheres negras na política.
Ameaças, intimidação e discurso de ódio são algumas das principais formas de violência.

das mulheres negras entrevistadas nas eleições 2020 relataram que sofreram mais de uma violência política.

98.5%

Fonte: Instituto Marielle Franco

“Não podemos tratar gênero e raça em separado, porque as mulheres negras não vivenciam isso dessa forma. Essas identidades andam juntas”

Bruna Pereira, socióloga 

Autora do livro “Dengos e zangas das mulheres-moringa”, Pereira analisa violências sexuais e afetivas invisíveis contra mulheres negras.

“A sociedade proíbe o desejo
por mulheres negras, mas elas são erotizadas. Por isso, os corpos de mulheres negras e gordas se tornam um fetiche,
um lugar para expressão de violências”.

Bruna Pereira

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Racismo à Brasileira

Créditos: Acervo Pessoal / Matheus Alves / Marianne Bos - Unsplash / Jessica Felicio - Unsplash /  Fernando Frazão - Ag. Brasil / João Viana - Secom Manaus / Ag. Brasil / Engin Akyurt - unsplash / Nappy.com / ilustrações Victoria Sacagami

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