Sabia que o racismo também é ambiental?
As mudanças climáticas afetam toda a sociedade, mas é urgente pensar em como alguns grupos sofrem mais com o problema.
São pessoas mais vulneráveis, sem acesso a tratamento de água, rede de esgoto e coleta de lixo…
e que geralmente vivem em regiões de risco, facilmente atingidas por enchentes e outros problemas ambientais.
O racismo ambiental é um conceito que busca evidenciar como desigualdades estruturais e motivadas por raça e classe…
deixam comunidades indígenas, quilombolas e periféricas mais expostas a riscos ambientais ou causados por más condições de moradia.
O termo “racismo ambiental” foi usado pela primeira vez nos Estados Unidos em 1981 pelo químico e ativista Benjamim Franklin Chavis.
Ele cunhou a expressão a partir de pesquisas que indicavam que depósitos de resíduos tóxicos estavam concentrados em áreas habitadas pela população negra norte-americana.
No Brasil, não é muito diferente.
ficando mais vulnerável a diversas doenças infecciosas, por exemplo.
Por aqui, a expressão racismo ambiental tem sido utilizada desde os anos 2000 para explicar desde desigualdades em contextos urbanos até abandonos e conflitos socioambientais.
A luta dos povos indígenas contra invasões em seus terrítorios, extração ilegal de minérios, queimadas e outras atividades que põem em risco seus direitos também são exemplos.
Entre 2016 e 2020, houve um aumento de 55% de invasões em terras indígenas já regularizadas.
Mais vulneráveis, essas populações ficam mais expostas e acabam sofrendo as consequências do racismo ambiental.
acesse o site da gênero e número