Guerreira
é a Xena!
O nome disso é sobrecarga


Trabalho doméstico, cuidados não remunerados e trabalho formal. Tudo não acaba quando a louça do final do dia é lavada e quando as crianças dormem.

O Job Interminável do dia a dia

A carga mental do trabalho, o planejamento e a organização acontecem durante todo o dia e demandam tanta energia que exaurem as mulheres, responsáveis por equilibrar todos os pratinhos.

Todo dia um 7 x 1

Em média, homens brancos dedicam pouco mais de 10h/semana ao trabalho doméstico ou de cuidado com pessoas da casa. Já mulheres destinam mais de 20h — isso entre pessoas brancas.

Entre negros, esses números sobem para 11 horas para homens e 22 horas para mulheres, segundo o IBGE.

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“Temos uma estrutura que não  pensa no tempo gasto nos lares com cuidado e reprodução”.

Barbara Ferrito, autora do livro "Direito e Desigualdade"

O livro traz dados que mostram como as mulheres dedicam mais horas ao cuidado com pessoas e/ou tarefas domésticas, bem como estão mais presentes em trabalhos de tempo parcial.

Responsabilidade Precoce

Entre as adolescentes de 14 a 17 anos que são “chefes da família”, 76% são negras, e 24%, brancas.

Meninas negras gastam 72% de seu tempo dedicando seu cuidado a outras pessoas. Brancas usam 28% do tempo nestas atividades, segundo o IBGE.

A distribuição desigual de obrigações e do tempo entre homens e mulheres dentro de casa gera o que a autora chama de “pobreza de tempo”.

“O Direito ignora papéis sociais que a mulher desempenha e que a tornam ‘pobre de tempo’”.

Barbara Ferrito

Quem cuida de quem cuida?

O cuidado com crianças de até 5 anos também é um indicativo de sobrecarga de cuidados domésticos para meninas negras: elas são 75% das responsáveis por esses cuidados.

“Quando a gente tem uma remuneração é possível suavizar esse processo. Mas essa discussão, infelizmente, ainda está muito tímida no Brasil”

Aline de Carvalho Martins,
pesquisadora da Fiocruz 

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Racismo à Brasileira

Créditos: Giphy / ilustração Veridiana Scarpelli / Divulgação / O Globo / Joshua Oluwagbemiga - unsplash  / Marcelo Camargo - Agência Brasil / Rovena Rosa-Agência Brasil

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