A Lei de Cotas, que reserva 50% das vagas em universidades federais a estudantes de escolas públicas, de baixa renda, indígenas, negros e PCDs completou 10 anos.
O texto prevê que, ao completar uma década, a lei deve ser rediscutida pelo Congresso Nacional.
E pretos e pardos chegaram
a 38% dos matriculados.
Ainda assim, o número de pesquisadores e professores universitários negros
continua ínfimo.
Apenas 2% dos professores universitários são pretos e 14% são pardos. Já os brancos chegam a 53%
do total dos docentes.
Como a definição da raça é autodeclaratória, com os próprios candidatos afirmando sua identidade étnico-racial, fraudes nas universidades públicas não são raras.
A USP já até chegou a expulsar um aluno que se declarou pardo, descendente de negros e de baixa renda. Não colou.
E embora haja ajustes a serem feitos, sua importância é indiscutível.
Os Estados Unidos, por exemplo, adotam diferentes sistemas de cotas para incluir as populações vulneráveis na educação.
E para os críticos das políticas afirmativas, que acusam a lei de cotas de ferir o princípio de igualdade…
O jurista e professor Silvio Almeida lembra que as questões raciais estão no centro do desenvolvimento
do país: