O país tem um dia especial
de Combate à Intolerância Religiosa (21/01), mas é preciso falar
No Brasil, grande parte dos ataques de ódio têm como alvo pessoas e comunidades de religiões de matriz africana...
… Embora só 0,3% da população se declare seguidora dessas crenças, segundo dados do Censo oficial de 2010, do IBGE.
O especial Terreiros na Mira, da Gênero e Número, mostrou disputas territoriais, falta de dados, violência comandada pelo tráfico e pelo racismo e um Estado nada laico.
Em 2021, foram registradas
de violação à liberdade de crença, mais do que o dobro (243) das denúncias de 2020.
Os casos envolvem violações contra diferentes religiões, mas números de 2019 mostram que mais da metade tinha como vítimas pessoas de religiões afro.
Leis existem, mas falta de políticas públicas nunca garantiu a liberdade religiosa.
Pune discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Crimes são inafiançáveis e imprescritíveis, com pena de 2 a 5 anos de reclusão.
Mesmo em um cenário difícil, as religiões de matriz africana são sinônimo de resistência e acolhimento.
Em 2022, a Renafro e o centro de candomblé Ilê Omolu Oxum lançaram a pesquisa “Respeite Meu Terreiro”, para mapear casos de racismo religioso no Brasil.
O projeto pretende localizar e entender a violência contra os povos de religiões de matriz africana.