Mesmo com milhares de câmeras e microfones direcionados para o gramado e arquibancada, atos racistas dentro dos estádios têm sido frequentes.
Atualmente, no entanto, o tão temido exposed tem sido fundamental no combate a esse tipo de violência.
Em 2014, o então goleiro do Santos, Aranha, protagonizou um dos casos de maior repercussão no futebol, quando, em campo, denunciou xingamentos racistas da torcida do Grêmio.
No ano do episódio, o Observatório da Discriminação Racial no Futebol começou a mapear os casos de racismo espalhados pelo país.
O atacante do Flamengo foi xingado de “macaco” durante o jogo contra o Fluminense em 2022.
Já o atacante Vitinho, do São Paulo, foi alvo de ofensas racistas nas redes sociais.
Na final da Copa do Mundo de 1950, entre Brasil e Uruguai, o goleiro Barbosa viveu o céu e o inferno.
Por supostamente ter falhado no segundo gol da partida, a 11 minutos do apito final, muitos viram naquele lance a justificativa para negros não terem oportunidades no torneio mais importante do planeta.
Estádios seguem sendo ágoras modernas, atualmente 'escolas' formadoras de preconceito, onde racismo e homofobia são considerados "brincadeirinhas".
“Os clubes devem puxar a responsabilidade para si. Ser proativo e estar à frente da situação, tentando identificar o autor; se for sócio, expulsá-lo do quadro social. Não adianta nota de repúdio”, conclui Marcelo.