Campanhas eleitorais são caras, mesmo na era digital. O dinheiro investido em cada candidatura depende de variáveis como cargo em disputa, influência na legenda, raça e gênero.
Em 2014, homens brancos candidatos a deputado federal conseguiram, em média, R$399 mil em financiamento. Homens Negros tiveram 1/3 desse valor:
Em 2018, mesmo com
a regra que barrou o financiamento por empresas, a disparidade permaneceu elevada: R$ 251 mil para candidatos brancos e R$ 110 mil para negros.
Quando fatiamos essa pizza por gênero e raça, a desigualdade na distribuição de recursos aumenta ainda mais.
Em 2018, a média de investimento em campanhas de candidatas negras à Câmara foi de R$85 mil, enquanto para homens brancos foi de
Entre candidatos a deputado estadual, o padrão se repete. As verbas se concentram nas mãos de homens brancos.
A disparidade ainda pode ser maior, segundo o estudo “Desigualdade Racial nas Eleições Brasileiras”.
O eleitor só consegue votar em quem ele sabe que é candidato. E, para que isso aconteça, as opções disponíveis precisam se destacar e chegar a seu conhecimento.
Em 2021, o Tribunal Superior Eleitoral aprovou uma resolução que estabeleceu regras de distribuição dos recursos para 2022.
Em 2022, o mecanismo será aplicado pela primeira vez em uma eleição federal
Cabe a cada legenda estabelecer os critérios para
a distribuição de recursos, desde que cumpridos os requisitos estabelecidos pela legislação eleitoral.