A Maré Verde da América Latina
Nos noticiários latinoamericanos, uma imagem tem se tornado muito comum nos últimos dois anos.
São mulheres reunidas em grandes grupos nas ruas, vestidas de verde, e unidas por uma única causa:
países permitem a interrupção voluntária da gravidez
A “maré verde”💚, articulada por coletivos de mulheres em diversos países da América Latina, já apresenta resultados.
Em 2018, após a primeira derrota no Congresso na votação pela total descriminalização do aborto, os lenços verdes se proliferaram entre mulheres argentinas favoráveis à causa.
Não demorou muito para que o movimento crescesse e, no fim de 2020, a Argentina legalizou o aborto realizado em até 14 semanas de gestação.
A conquista tem se espalhado por outros países e, aos poucos, a maré verde aumenta, apesar de políticas conservadoras na região.
Em 2021, a vitória foi na Colômbia, que retirou do Código Penal o aborto da lista de crimes quando realizado até a 24ª semana.
Depois desse prazo, só é permitido aborto no país em caso de estupro, má formação do feto e/ou risco de morte da mãe, como é o caso do Brasil.
A Colômbia se tornou o país que oferece mais tempo para uma pessoa fazer um aborto dentro da lei.
no Brasil ainda lutamos contra retrocessos eNQUANTO avançaMOS no debate.
dos projetos de lei na Câmara dos Deputados em 2021 foram contrários à interrupção da gravidez, até mesmo nos casos que hoje são permitidos. 🤦♀️
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