Aborto legal: se é lei, por que não cumprir?

foto: emergentes / mídia ninja

Enquanto em países vizinhos da América Latina a descriminalização do aborto já é um fato, no Brasil, está difícil até manter os direitos garantidos por lei ⚠️

2. risco à vida da gestante 

Aqui, o aborto é legal em 3 casos: 

1. gravidez resultado de estupro

3. malformação do cérebro do feto

Mas mesmo nesses casos, nem sempre é possível receber um atendimento seguro e acolhedor. 

O caso da menina de 10 anos, do Espírito Santo, que engravidou ao ser estuprada pelo tio, é um exemplo claro. 

Depois de ser assediada por vários grupos contrários ao aborto e ter o procedimento negado pelo Hospital Universitário de Vitória, ela precisou ser levada para o Cisam, no Recife.

Até Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, teria tentado impedir a realização do aborto legal na menina.

O aborto mobiliza os grupos chamados “pró-vida” e é
uma das bandeiras de Jair Bolsonaro, seus apoiadores e aliados no governo e no Congresso Nacional.

Em 2021, todos os projetos de lei apresentados na Câmara dos Deputados foram contrário ao aborto, mesmo em casos previstos por lei.

“O movimento é de tentar, a todo custo, retroceder os direitos à interrupção da gravidez, mesmo nos casos já previstos”

Joluza Batista, assessora do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea)

Ao se recusarem a olhar o aborto como uma questão de saúde pública, preferindo lentes ideológicas e conservadoras, os governos ignoram dados alarmantes.

na África e na América Latina, entre 2015 e 2019, segundo a OMS.

3 em cada 4
ABORTOS ACONTECERAM DE FORMA INSEGURA

de mulheres aproximadamente são atendidas por ano nos hospitais, em países em desenvolvimento,
por complicações causadas
por interrupções de
gravidez inadequadas.

Fonte: OMS

7 milhões

91%

dos custos com cuidados pós-aborto nestes países podem ser reduzidos se todos os abortos forem seguros

Fonte: Instituto GuttMacher 

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