Desinformação, gera violência

Os efeitos da desinformação em jornalistas mulheres e LGBTQIA+

Arte: Taís Oliveira

Sob ataque de lideranças políticas e grupos que escondem suas identidades nas redes sociais, jornalistas que fazem uma cobertura séria sobre o governo Bolsonaro vêm resistindo.

ARTE: Donin Ilustra

Em 2020, após revelar que Bolsonaro convocava atos antidemocráticos, a jornalista Vera Magalhães foi alvo do que ela chamou de o “maior ataque de ódio na internet” que já sofreu.

“Houve ameaças mais claras, com a publicação, por exemplo, de onde os meus filhos estudavam. Tive de recorrer para que o Twitter tirasse aquela postagem que colocava meus filhos em risco”.

VERA MAGALHÃES

Foto: João Bertholini

Pesquisa da Gênero e Número e da Repórteres Sem Fronteiras revelou:

93%

das jornalistas afirmam que a desinformação é muito grave e afeta o seu trabalho. 

GIPHY

55%

das jornalistas dizem que
a desinformação afeta o trabalho diariamente, a vida profissional e a vida pessoal.

usnationalarchives / giphy

Para 86% das jornalistas,
a desinformação aumentou durante o governo Bolsonaro.

FOTO: reuters

“O Governo Bolsonaro usa
a violência contra jornalistas
e práticas de desinformação como estratégias de comunicação”

Bia Barbosa, coordenadora de incidência da Repórteres Sem Fronteiras

“Isso vem da campanha eleitoral e se institucionaliza como estratégia do Planalto, seguindo o exemplo do Trump (EUA), que chamava todas as matérias que ele não concordava de fake news", completa.

Os efeitos da violência e da desinformação sobre o dia a dia das jornalistas mulheres e LGBTqia+ são diversos.

Entre comunicadoras que
já sofreram algum tipo
de violência, 31% diminuíram ou mudaram a forma como utilizam as redes sociais
em seu trabalho. 25% precisaram fechar suas contas.

zambonato / GIPHY

“Fiz um tweet criticando o Fantástico. Na manhã seguinte, um perfil bolsonarista pegou
o print, postou no Instagram
e recebi mais de mil respostas de ódio”

Caê Vasconcellos, jornalista e homem trans

CAÊ VASCONCELLLOS / INSTAGRAM

O pódio da violência

1º xingamentos (35%)
2º ataques ao trabalho (34%) 3º desqualificação do
trabalho (34%)
4º ataques misóginos ou com conotação sexual (19%)

Pane no Sistema

As plataformas falham em oferecer suporte, respostas adequadas, mecanismos de proteção e legislação para fiscalizar e punir esses ataques contra jornalistas.

pessoas que sofreram ataques online não tiveram suas reclamações validadas pelas plataformas.

1 de cada 4

Tem solução?

A Gênero e Número e a Repórteres Sem Fronteiras trazem uma série de recomendações que apontam caminhos que passam pelo Estado, plataformas e meios de comunicação.

Todo o material está disponível gratuitamente
no site da pesquisa.

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Gênero e Número