Nunca
foi sorte, sempre
foi Exu

A história do Carnaval e a Negritude de outros carnavais

RIOTUR

No mesmo país que criminaliza o corpo negro, este mesmo corpo produz o maior espetáculo da Terra, preto até os ossos, que canta e conta sobre seus mitos e religiosidades.

A cada ano que passa, a festa resiste, mais privatizada
e distante
da negritude que a fez.

George Magaraia

“Por mais que o carnaval sirva à máquina capitalista, o chão dessa arte segue protagonizado pela comunidade negra”

Angélica Ferrarez, historiadora e jurada do Estandarte de Ouro, do jornal O Globo

O carnaval é um período que escancara mais uma vez o gritante racismo estrutural, camuflado no falso mito da democracia racial brasileira.

portal carnaval

O de cima sobe e o de baixo desce

A ocupação da rua com cercadinhos, ativações publicitárias e camarotes na Sapucaí reforçam a ideia de playground para os mais ricos e o lugar de serviço para negritude.

senegambia81 / instagram

A negritude não é fantasia de Carnaval. Ela é o Carnaval.

No Carnaval de 2022, das 12 escolas do Grupo Especial do Rio, 8 trouxeram  sambas sobre religiões de matriz africana.

RIOTUR

 "A Grande Rio assumiu Exu como o texto seminal que nos possibilita outras rotas de vida, alegria e liberdade”

Luiz Ruffino, professor
de Educação

rufino.luiz7 / instagram

No ano dos enredos escritos pelos Orixás, como disse Carlinhos Brown em entrevista, é urgente resgatar o espaço de volta para a negritude. E esses passos vêm de longe…

twitter

SALGUEIRO — 1960

Pela 1ª vez, a história dos negros e da resistência à escravidão foi contada em um desfile. O enredo foi Zumbi dos Palmares e o mais importante quilombo das Américas.

Beija Flor — 1978

Inaugurando os desfiles na Marquês de Sapucaí, a escola contou a história da criação do mundo, mas na tradição do povo Nagô.

BEIJA FLOR — 1978

Inaugurando os desfiles na Marquês de Sapucaí, a escola contou a história da criação do mundo, mas na tradição do povo Nagô.

Kizomba
— 1988

Na segunda-feira de Carnaval a Vila Isabel balançou as estruturas da Sapucaí com um desfile sem luxo, com materiais alternativos, estampas tribais e uma força de canto e dança exemplares.

Paraíso do Tuiuti
— 2018

A escola recontou a história da escravidão no Brasil, nos 130 anos da Lei Áurea, e fez uma crítica ao racismo e às dificuldades dos trabalhadores brasileiros hoje.

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