Se hoje ela grita "Fora, Bolsonaro", a autora de "Envolver" tem um passado não muito distante de isenção.
Em 2018, às vésperas das eleições presidenciais, seus fãs notaram o follow no perfil de uma apoiadora de Bolsonaro. A pressão veio
e o “não sou obrigada a nada”, também.
A pressão seguiu na base de fãs LGBTQIA+. Mesmo depois que Anitta disse ser contra o preconceito e a intolerância - ela mesma é bissexual. A cantora foi considerada oportunista.
4 dias após a repercussão, a cantora postou um vídeo falando abertamente ser a favor do movimento "Ele Não", contra a candidatura de Bolsonaro.
Após a eleição de Bolsonaro, em 2019, a cantora ainda não adotava o tom abertamente crítico que assumiria após a pandemia.
Em maio de 2020, a pressão dos fãs deu resultado: a cantora anunciou que faria lives com Gabriela Prioli para compartilhar aprendizados, especialmente “pra quem não entende de política”
Em 2021, Anitta gravou vídeo para o jornal americano criticando o governo, sobretudo o descaso com a situação ambiental do país.
Em 2022, Anitta puxou o movimento para incentivar jovens a tirarem título de eleitor e ganhou apoio de celebridades internacionais, como os atores Leonardo DiCaprio e Mark Ruffalo.
No mesmo mês, em meio à polêmica de permitir ou não manifestações políticas de artistas durante o festival, Anitta disse que pagaria as multas dos amigos que fizessem isso no palco.
Sua posição fez Bolsonaro se bicar com a cantora diversas vezes nas redes. O uso das cores da bandeira brasileira em seu look no Coachella foi o ponto alto para ela bloqueá-lo.
Além do apelido “carinhoso” que deu ao atual presidente, Anitta chamou atenção para o perigo de dar atenção às falas da versão brasileira do vilão de Harry Potter.
Em julho de 2022, Anitta tira os dois pés da isenção, faz o L e oferece sua influência para ajudar Lula.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) correu pro abraço e reagiu ao apoio da cantora.