Nas eleições de 2022,
se candidataram para cargos estaduais ou federais. Um recorde.
O número de candidaturas segue em alta moderada, longe de refletir a sociedade brasileira, onde 53% do eleitorado é composto por mulheres.
Em 2009, a Lei nº 12.034 determinou que todos os partidos devem respeitar o percentual mínimo de 30%
e o máximo de 70% para candidaturas de cada gênero.
Só que mais de 10 anos depois, a proporção de candidaturas femininas ainda ronda o mínimo estabelecido por lei.
Em 2022, mulheres são 33% do total de candidatos, um crescimento modesto em relação aos 31% de 2018.
Os partidos de esquerda e de centro-esquerda foram os que mais lançaram candidatas.
UP, PCdoB, PSTU, PSOL, PT, PCB e PV.
O UP (Unidade Popular) foi a sigla com maior proporção de candidatas: 68%. O partido não tem parlamentares no Congresso Nacional.
PRTB, Agir, Novo, PMB, DC, PTB, Avante e PL.
Dos 5 estados com maior representatividade feminina, 2 estão no Norte (AP e RR) e 2 no Nordeste (RN e PI).
Estes são os estados com maior proporção de mulheres candidatas: Rio Grande do Norte (35,5%), Amapá (35,4%), Goiás (35,3%), Roraima (35,2%) e Piauí (35,1%).
Enquanto isso, nos maiores colégios eleitorais do país, RJ e SP, candidatas representam 32% do total.
O recorde de candidaturas femininas também se deve à mudança aprovada pelo TSE em 2021, para incentivar partidos a lançar mais mulheres.
Em 2022, os votos para candidatos negros e mulheres à Câmara dos Deputados têm peso 2 para a divisão de recurso$$$.
Quando o Brasil completa 90 anos da conquista do direito ao voto pelas mulheres, elas ainda estão sub-representadas na política institucional.